DIRETO AO PONTO #008: Jojo Moyes, Poliana e Poliana Moça

sexta-feira, maio 13, 2016 0 Comments A+ a-

Direto ao ponto é uma coluna do blog em que falo rapidamente sobre 3 livros ou filmes que assisti/li recentemente. Para ler outras postagens iguais a essa, CLIQUE AQUI


Nome do livro: A Garota que você deixou para trás
Autor: Jojo Moyes
Ano: 2014    /   Formato: E-BOOK
Editora: Intrínseca
Opinião: Sophie Lefrève é uma jovem que vive em um hotel com sua irmã e sobrinhos enquanto espera que seu marido, Edouard, retorne da Guerra. Liv é uma mulher já com seus trinta e poucos anos que, nos dias atuais, tenta superar a morte do marido. A história dessas duas mulheres, que vivem momentos e épocas diferentes mas tem que lidar com algum tipo de ausência, é ligada através de um quadro de Sophie que está na posse de Liv. 
Muitos chamam Jojo Moyes de "Nicholas Sparks de saia" (mentira, sou eu que penso nela assim) mas temos que ser justos com a mulher, ela escreve melhor que o Nicholas. Não posso deixar de admirar a maneira como a autora constrói toda uma narrativa através de flashbacks E flashfowards (se considerarmos que o "presente" é o momento em que a Sophie vive) sem perder o controle da narrativa em nenhum momento. 
Mas também é perceptível nesse livro alguns recursos duvidosos como a presença do personagem "orelha", que está ali só pra o protagonista não falar sozinho (a gótica Mo) e uma certa "enrolação" para lançar o desfecho, como se a autora quisesse explorar o máximo possível aquele conflito e causar o máximo possível de lágrimas antes de lançar o happy ending. 
Por tudo isso achei um livro válido para quem curte esse romance mais dramático mas, mesmo o livro tendo me despertado diversas sensações (indignação e raiva na maior parte das vezes), para mim não foi lá essas coisas. Se quiser ler algum livro da autora leia "Como eu era antes de você" que, apesar de ser uma história mais simples, é mais bem escrita e emocionante. 
Só queria entender qual a obsessão dessa autora de ver homens como os grandes salvadores ou catalisadores de mudanças nas personagens... Entendo que é um romance mas a maneira como a autora coloca isso não é legal não. 
Cena:  Minha cena favorita é o trecho em que leem o diário de uma repórter da segunda guerra. Essas poucas páginas me fizeram gostar mais da repórter enquanto personagem do que de qualquer outra pessoa do livro.
Nota: 

Nome do livro: Poliana
Autor: Eleanor H. Porter
Ano:    2012 /   Formato: E-BOOK
Editora: Nova Fronteira (Saraiva de bolso)
Opinião: Uma órfã de 11 anos chamada de Poliana vai viver com a tia depois da morte do pai. A tia é uma mulher muito amarga e rígida mas Poliana logo cativa seu coração e o de todos a sua volta com seu "jogo do contente". O jogo é bem simples: tentar sempre ver algo positivo não importando o que aconteça. 
Como eu disse AQUI, achei Poliana uma versão infantil da Joy de "Divertida Mente" (ou talvez Joy é que seja Poliana, pois o livro é mais antigo que o filme), aquela personagem que fica o tempo inteiro tentando buscar o lado bom em tudo. Achei que isso poderia ser irritante para mim mas, quando liguei a minha criança/pré-adolescente interior, até que achei a história bem fofinha. 
Com certeza não saí por ai fazendo o jogo do contente depois de ler esse livro mas me senti mais contente, apenas por lê-lo. 
Cena: Não me lembro de nenhuma em especial. 
Nota: 8 - um bom livro


Nome do livro: Poliana Moça
Autor: Eleanor H. Porter
Ano:   2012  /   Formato: E-BOOK
Editora: Nova Fronteira (Saraiva de bolso)
Opinião: Antes que você pergunte "Nossa, Karol, você gostou tanto assim de Poliana?" , preciso dizer que faço parte de um clube do livro em que, a cada mês um membro escolhe o livro a que todos lerão - o livro do mês foi "Poliana Moça", logo, tive que ler Poliana antes para não boiar nessa pretensa continuação. 
Dito isso, posso dizer que o início de Poliana Moça foi bem promissor, temos várias situações interessantes antes da personagem crescer, de fato. Mas, depois que Poliana cresce a coisa desanda e fica muito, muito, ruim. 
Um "novelão" (no sentido pejorativo) é a melhor expressão que pensei ao ler esse livro; todos os plots eram previsíveis e, o que é mais imperdoável, chatos. Os personagens perderam todo o carisma que tinham no primeiro livro e a coisa se arrastou de tal forma que eu me perguntei quanto pagaram pra autora para que ela achasse que Poliana poderia ter uma contianuação e se esforçasse tanto para ela. 
Cena: A cena em que desisti de gostar do livro chegou quase no final: Quando Poliana diz a um personagem X que, apesar de amá-lo, não poderá casar com ele se um personagem Y estiver apaixonado por ela, para não ferir os sentimentos de Y. Ela diz: "Se ele pedir, terei que me casar com ele" - e isso foi a gota d'água pra mim, porque NINGUÉM, mandou ela fazer aquilo. Como alguém pode ser tão bobo?
Nota: 6 - não gostei.

Nascida no interior de SP, formada em Publicidade e Propaganda, sempre gostou de dar palpites sobre filmes, séries, animes, livros e o que mais assistir/ler. Autora do Blog "Resenhas e Outras Cositas Más" (Miss Carbono) e "Coisas de Karol". No Twitter fala de política, séries e da vida (não necessariamente nessa ordem). Siga: @karolro


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